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domingo, 9 de maio de 2010

Dia das mães

Já criei meu blog há alguns dias, mas estava esperando o momento de fazer a primeira postagem. Esperava por algo que pudesse ser especial para postar... Esperava divulgar para algumas pessoas antes, para que pudesse iniciar novas relações por este meio...

Decidi começar hoje, mesmo que não tenha falado com quase ninguém sobre o meu blog... Achei que era um momento especial...

Hoje é dia das mães. É o primeiro que passo sem minha mãe... Não dá para disfarçar uma tristeza profunda, mas quis homenageá-la de alguma forma. Queria algo bonito e que fosse capaz de demonstrar uma pequena parcela de meus sentimentos. Pego emprestadas algumas palavras de Calos Drummond de Andrade, grande poeta mineiro. Certa vez falou sobre a eternidade das mães, daquelas que se fazem as pessoas mais importantes de nossas vidas. Concordo com ele no que diz:

PARA SEMPRE

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga,
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fosse eu o Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito um grão de milho.